terça-feira, 22 de junho de 2010

Por uma Imprensa LIVRE

Os Meios de Comunicação são importantes recursos a disposição da sociedade.
Hoje é praticamente impossível uma sociedade prescindir de Meios como Televisão, Rádio, Jornal, Telefone, Internet, etc. Devido à precisão desses Meios, a informação segue alcançando seu destino de forma muita mais rápida e atinge distâncias em tempo recorde.
Os Meios de Comunicação estão presentes e devem estar à disposição de todos.
Faço questão de frisar que devem estar à disposição de todos, porque, na verdade, os Meios mais próximos de nós, como Rádio, TV e Jornais impressos, ou seja, a grande Mídia, tem estado a serviço de interesses mesquinhos e tem tido pouca vontade quando se trata de defender os interesses da grande parcela da população que detém fatia menor da renda nacional. Os fatos são plenamente perceptíveis aos lermos qualquer um dos grandes Jornais diários, haja visto que os grandes Jornais, na verdade, são poucos e controlados por, no máximo, três cabeças, em São Paulo, por exemplo; ou, ainda, quando assistimos aos programas televisivos (as TVs abertas são controladas por poucas famílias que, por sua vez, controlam suas respectivas Redes que envolvem também Emissoras de Rádio e até Jornais).
Portanto, milhões de pessoas ouvem, assistem e/ou lêem nos jornais matérias veiculadas por Meios que são controlados por pouquíssimas famílias (Não chegam a dez o número dessas famílias que controlam as grandes Redes no país).
Creio não ser necessário entrar em detalhes sobre as informações transmitidas pela grande Mídia. Entretanto, não posso deixar de lembrar que certos fatos recebem consideráveis espaços nos grandes Veículos de Comunicação e não é à toa que isto acontece. Fica claro que determinadas informações transmitidas sistemáticamente de modo ora positivo, ora negativo, tem objetivos de defesa de interesses representados por tais “Meios”. Esses interesses geralmente não correspondem aos interesses da maioria da população. Mas, reafirmo, é desnecessário entrar nos detalhes porque temos suficiente capacidade de raciocínio e de inteligência para percebermos as manipulações feitas da verdade com objetivo de nos fazer “não pensar”, “não refletir” e a só aceitarmos as posições e decisões de uma minoria privilegiada.
É preciso que os responsáveis pelos Meios de Comunicação deixem de lado seus interesses mesquinhos e pensem no conjunto da sociedade.
É preciso agir com ética em defesa da verdade: Os fatos, os acontecimentos devem ser divulgados, sem parcialidade; as informações conflituosas devem ser igualmente divulgadas e todos os sujeitos envolvidos devem ser ouvidos para que os ouvintes e/ ou leitores, ao ouvirem e/ou lerem, adquiram conhecimento mais apurado dos fatos, das informações e, assim, com maior capacidade de discernimento, julguem e tirem as conclusões sem nenhuma espécie de manipulação da parte dos mediadores da informação.
Parece que não é fácil alcançar esse desejo que chamo de “Liberdade de Imprensa”, onde todos tenham plenos direitos de informar e de serem informados sem que "alguém" manipule a verdade. Se não houver uma verdadeira tomada de consciência e conseqüente ação por parte da sociedade, exigindo, como receptora de tudo o que é transmitido pelos Meios de Comunicação, seus direitos, no que se refere a receber programas culturais, educacionais, musicais, filmes, notícias, etc.; a tendência, daqui para frente, não é das melhores.
Vislumbro como algo positivo e que necessita de uma ação da sociedade organizada, a criação dos Conselhos Populares de Comunicação formados por representantes da sociedade e do próprio Governo e que faz parte do programa do atual governo federal. É através dos Conselhos que a sociedade poderá cobrar mais qualidade naquilo que é veiculado pelos Meios de Comunicação e exigir que as verdades nas informações sejam cada vez mais amplas sem nenhuma espécie de manipulação.
Mas, sem dúvida, um Conselho Popular de Comunicação só existirá concretamente se houver pressão da sociedade organizada.
Wilson Cotrim

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